Prazer! Meu nome é Guilherme Rodrigues. Eu sou carioca, desenvolvedor de software, investidor e, neste momento, autor. Sou ex-sócio da VTEX, uma empresa brasileira de tecnologia com impacto global, na qual trabalhei por 9 anos. Agora é hora de começar uma nova etapa.``
Antigamente eu participava do coro de reclamações sobre o Brasil, tipo que aqui "não tem profissionais / mercado / conteúdo / comunidade" e, portanto, é um mal lugar para se empreender, ou até mesmo morar. Saí do país e morei um ano na Suécia, em 2015.
Lá, eu mudei radicalmente de ideia. Percebi que os problemas Brasileiros são muito mais urgentes — e mais numerosos — e voltei. Decidi que o futuro que vale à pena pra mim é de alguma forma contribuir para o Brasil ser um país próspero e protagonista em tecnologia.
Imagina... 2040: o Brasil tem uma abundância de profissionais, empresas e histórias de sucesso que transformaram estruturalmente o país, gerando inclusão produtiva em massa e reduzindo a miséria a seus menores níveis históricos. Concordo que é difícil, mas... e se acontecesse? O que teria que acontecer antes?
Em fevereiro de 2020, um grupo de 40 pessoas da VTEX participou de um workshop de 5 dias que, em tese, seria sobre o "planejamento estratégico da VTEX 2025". Para mim, o que se apresentou foi algo muito maior: uma nova forma de me relacionar com as minhas conversas, com os outros, e com o futuro.
"Small shifts cause powerful avalanches". Durante os 5 dias, Olga Loffredi, CEO da Vanto Group, liderou conversas intensas que fundamentalmente alteraram a trajetória da empresa. Desse trabalho emergiu o rascunho da "declaração VTEX 2024", um documento que articula o futuro com o qual a empresa está comprometida. Dali pra frente, esse documento guiaria toda a estratégia e execução da VTEX.
Me interessei pela metodologia e li "As três leis do desempenho" que articula as principais distinções da metodologia do grupo de forma prática. Em seguida, um amigo me indicou "Os quatro compromissos", e percebi total conexão entre as idéias.
Então, descobri o trabalho que fundamentou esses outros, partindo de Werner Erhard, Michael Jensen e o novo paradigma de performance. Agora estou estudando a influência de Heidegger e Jung pelo Speaking Being — que virou meu livro de cabeceira favorito.
O trabalho desses cientistas sociais, filósofos e pesquisadores é extremamente poderoso: eu vi em primeira mão o seu impacto numa empresa tech de ~800 pessoas em franca aceleração. Eu gostaria de explorar essas fronteiras e criar conteúdo original, Brasileiro, em português, que beneficie nossa indústria de empreendedorismo, sendo extremamente acessível e aplicável para os desafios do nosso dia a dia.
"Nós somos as nossas palavras, as nossas ações, os nossos resultados."
O mundo tem respostas demais. Eu quero convidar mais perguntas. Existe um poder em estar com uma pergunta que não é fácil de apreciar: somos viciados em verdades, explicações e guias passo-a-passo. Mas dez ou vinte passos não podem levar longe.
Minha geração - dos anos 90 - presenciou o nascimento da Internet. De lá pra cá o mundo se polarizou e há cada vez mais certezas e afirmações - todo mundo sabe de tudo. Já a escuta, essa virou raridade.
Assim, as pessoas se isolam em silos e se afastam. Quando todo mundo já sabe o que vai acontecer, acontece o que todo mundo já sabe. É o que se poderia chamar de um "futuro previsível", resultado do "mar de certezas" no qual estamos inseridos.
Sob o desgoverno que estamos, não preciso sequer gastar tempo "articulando" o futuro previsível do Brasil e do Rio pra concluir que ele não me serve. Estamos em uma fase sombria, não se pode negar os fatos. Mas circunstâncias passam e o jogo muda. E se existe um futuro além do previsível para o Brasil e para o Rio de Janeiro, do qual nós podemos ser causadores? Como ele seria?
PARTICIPANT: I’m starting to ask myself, “what is worthwhile?”
O que é um futuro que vale a pena? Essa é uma pergunta cuja simples presença torna mais poderosa a pessoa que a faz. Essa pergunta permite refletir: o que eu estou fazendo e falando, as minhas ações e a minha linguagem, estão consistentes com qual futuro? O que vai acontecer se nada mudar?
Olga Loffredi menciona em uma entrevista a importância do futuro em nossas vidas recontando a passagem de um livro sobre os sobreviventes do Holocausto: "quem sobreviveu foi quem se manteve com um futuro (...) quem perdeu o futuro perdeu a vida também".
Considere o seguinte: todos nós vivemos dentro de uma possibilidade de futuro. Esse futuro "informa nossas ações" no presente, ou seja, nossa performance é consistente com o futuro que nós imaginamos — pra nós mesmos, pro nosso casamento, pro nosso time.
Mas nós vivemos no presente — no agora. O futuro e o passado só existem em linguagem. Ou seja, esse futuro que nos guia acontece dentro das nossas conversas e através da nossa linguagem. Nós criamos o futuro o tempo todo — mas, na maioria das vezes, sem perceber que futuro estamos criando com cada conversa, gesto e atitude.
Então, vale a pergunta: O que é um futuro que vale a pena? Com qual futuro você gostaria de ser consistente, hoje?
Existe uma grande oportunidade de criarmos um novo futuro para nosso país e continente, mas ela não é óbvia. Para que aconteça, será exigido de nós um "aumento de performance". Vamos descobrir que somos capazes de fazer coisas que não eram previsíveis — muito menos confortáveis.
Eu não tenho respostas! Este blog não é dedicado à passagem de conhecimento, mas sim às perguntas que dão acesso a auto-conhecimento, liberdade, performance e resultados. As perguntas que “fazem a vida valer à pena".
Se a essa altura não ficou evidente, deixe-me ser claro: eu não tenho a menor ideia do que estou fazendo. Mas eu sei o jogo que eu decidi jogar. Se você também se interessa por esse futuro, fale comigo! E seja bem-vindo/a! :)
Prazer,
Gui
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